O Evangelho de Mateus 18:23-35
- Fontes, Elias T.
- 2 de mar.
- 3 min de leitura
“Por isso, o Reino dos céus é como um rei que desejava acertar contas com seus servos. Quando começou o acerto, foi trazido à sua presença um que lhe devia uma enorme quantidade de prata. Como não tinha condições de pagar, o senhor ordenou que ele, sua mulher, seus filhos e tudo o que ele possuía fossem vendidos para pagar a dívida. “O servo prostrou-se diante dele e lhe implorou: ‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei tudo’. O senhor daquele servo teve compaixão dele, cancelou a dívida e o deixou ir. “Mas quando aquele servo saiu, encontrou um de seus conservos, que lhe devia cem denários. Agarrou-o e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Pague-me o que me deve!’ “Então o seu conservo caiu de joelhos e implorou-lhe: ‘Tenha paciência comigo, e eu lhe pagarei’. “Mas ele não quis. Antes, saiu e mandou lançá-lo na prisão, até que pagasse a dívida. Quando os outros servos, companheiros dele, viram o que havia acontecido, ficaram muito tristes e foram contar ao seu senhor tudo o que havia acontecido. “Então o senhor chamou o servo e disse: ‘Servo mau, cancelei toda a sua dívida porque você me implorou. Você não devia ter tido misericórdia do seu conservo como eu tive de você?’ Irado, seu senhor entregou-o aos torturadores, até que pagasse tudo o que devia. “Assim também lhes fará meu Pai celestial, se cada um de vocês não perdoar de coração a seu irmão”. -- Mateus 18:23-35
No Evangelho de Mateus 18:23-35, Jesus apresenta a parábola do credor incompassivo, uma narrativa que revela a profundidade da misericórdia divina e a seriedade do perdão na vida cristã. A parábola mostra um servo que devia uma enorme quantia de dinheiro, uma dívida impossível de ser paga, e que, ao implorar por misericórdia, tem toda a sua dívida perdoada pelo seu senhor. No entanto, esse mesmo servo, ao sair, encontra um conservo que lhe devia uma quantia muito menor e, sem demonstrar a mesma compaixão que havia recebido, manda prendê-lo até que pague tudo. O contraste entre a generosidade do senhor e a dureza do servo revela a hipocrisia de quem recebe o perdão, mas não o estende aos outros.
Jesus encerra a parábola com um alerta severo: a recusa de perdoar aos outros pode resultar na retirada do perdão que recebemos de Deus. Isso enfatiza que o perdão não é apenas uma bênção a ser recebida, mas um mandamento a ser praticado. Nós, como discípulos de Cristo, somos chamados a viver em comunhão, reconciliando-nos uns com os outros através do perdão. O perdão é um reflexo direto da misericórdia divina em nossas vidas e deve ser vivido na prática do cotidiano.
Reflexão
A parábola nos confronta com a necessidade de analisar como lidamos com o perdão. Será que ainda guardamos mágoas ou ressentimentos? A recusa em perdoar não apenas corrói o nosso coração, mas também desonra o grande perdão que recebemos de Deus. A graça que recebemos é imensurável, e cabe a nós estender essa mesma graça àqueles que nos ofenderam. O perdão é um caminho de libertação tanto para quem perdoa quanto para quem é perdoado.
Oração
Pai amado e misericordioso, perdoe-me pelas vezes em que falhei em perdoar os outros. Ajude-me a sempre lembrar da imensidão do Teu perdão e a ser compassivo como Tu és comigo. Que eu possa, assim como Cristo, viver em constante atitude de perdão, trazendo reconciliação e paz a todos ao meu redor. Em nome de Jesus oramos e agradecemos. Amém.
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