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O Evangelho de Matheus 10:35-36


 

“Pois eu vim para fazer que o homem fique contra seu pai, a filha contra sua mãe, a nora contra sua sogra; os inimigos do homem serão os da sua própria família”. Mateus 10:35-36

 

Em Mateus 10:35-36, Jesus declara: “Pois eu vim para fazer que o homem fique contra seu pai, a filha contra sua mãe, a nora contra sua sogra; os inimigos do homem serão os da sua própria família.” Esse ensinamento pode parecer duro à primeira vista, especialmente vindo de Jesus, que é muitas vezes associado com a paz e a reconciliação. Contudo, Jesus aqui está explicando as consequências de segui-lo, particularmente em um contexto onde a fé e a obediência ao seu senhorio são rejeitadas pelos que nos cercam, até mesmo por nossos entes queridos.

 

 Pensamento:

 

Esses versículos revelam uma verdade que muitas vezes é difícil de aceitar: seguir a Cristo pode gerar conflitos até mesmo nos relacionamentos mais íntimos, como os familiares. A espada que Jesus menciona é uma metáfora para a divisão que ocorre quando alguém escolhe seguir a Ele e, ao fazer isso, abandona os padrões e expectativas do mundo, inclusive aqueles impostos por familiares. Essa divisão não é resultado de ódio ou rancor, mas sim da diferença de valores que surgem quando uma pessoa se submete à autoridade de Cristo e outra não.

 

Quando uma pessoa decide viver de acordo com os princípios de Jesus, suas escolhas de vida, prioridades e atitudes mudam. Isso pode ser mal compreendido ou até mesmo rejeitado por familiares que ainda estão apegados aos valores do mundo. O conflito que surge é uma consequência natural do choque entre esses dois mundos. Jesus não veio com o objetivo de causar divisões, mas Ele reconhece que o impacto do Evangelho é tão profundo que muitos não estão dispostos a aceitá-lo, especialmente quando isso exige a renúncia de suas próprias vontades e a submissão ao senhorio de Cristo.

 

A separação que Jesus menciona é reveladora. Ela expõe a condição espiritual de cada indivíduo e evidencia o fosso que existe entre aqueles que se submetem a Deus e aqueles que resistem a Ele. Esse fosso, muitas vezes, é sentido com maior intensidade nos relacionamentos mais próximos e íntimos, como o da família. Em tais contextos, o preço de seguir a Cristo pode ser dolorosamente alto, mas é um chamado necessário.

 

Jesus entende a profundidade dessa luta, porque Ele próprio enfrentou a oposição de sua própria família durante seu ministério terreno (Marcos 3:21). Ele não está alheio à dor que essa divisão pode causar. No entanto, Jesus nos lembra que o relacionamento com Ele deve ser prioritário, acima de qualquer outro. Essa prioridade não é uma questão de menosprezar nossos familiares, mas de reconhecer que a verdadeira paz e reconciliação vêm apenas através da submissão a Deus.

 

O objetivo final de Jesus não é a divisão, mas a reconciliação eterna com Deus. Para que isso aconteça, Ele nos chama a ser firmes em nossa fé, mesmo quando isso nos custa conflitos com nossos entes queridos. Muitas vezes, é através da nossa firmeza e amor que Deus pode trabalhar na vida daqueles que ainda não o conhecem. Nosso testemunho, mesmo em meio aos conflitos, pode ser uma ponte para a salvação daqueles que ainda resistem a Jesus.

 

 Oração:

 

Pai celestial, reconheço que seguir Jesus pode trazer desafios e divisões até mesmo nos relacionamentos mais íntimos. Peço que me dê sabedoria e força para permanecer firme na minha fé, mesmo diante de conflitos. Ajude-me a amar minha família de maneira que reflita o amor de Cristo, e que, através da minha fidelidade a Ele, meus entes queridos também possam ser conduzidos ao Seu Reino. Que a espada da separação, se necessária, seja um caminho para a reconciliação espiritual. Em nome de Jesus, eu oro. Amém.

 

Este ensinamento de Mateus 10:35-36 nos lembra que seguir a Cristo muitas vezes exige sacrifícios emocionais profundos, mas o propósito maior é a reconciliação com Deus e a vida eterna. Quando escolhemos Jesus, escolhemos a verdade e a justiça, e essa escolha pode nos distanciar temporariamente de pessoas que amamos. Contudo, ao sermos fiéis, podemos ser instrumentos de Deus para trazer essas mesmas pessoas à verdadeira paz em Cristo. Que tenhamos coragem e graça para enfrentar os conflitos com amor e perseverança.

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