O Evangelho de Matheus 11:7-8

Enquanto saíam os discípulos de João, Jesus começou a falar à multidão a respeito de João: “O que vocês foram ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Ou, o que foram ver? Um homem vestido de roupas finas? Ora, os que usam roupas finas estão nos palácios reais.” Mateus 11:7-8

Em Mateus 11:7-8, Jesus reflete sobre a figura de João Batista e faz uma pergunta retórica à multidão: "O que vocês foram ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento?" A resposta de Jesus é enfática. João Batista não era uma pessoa volúvel, facilmente influenciada pelos ventos das circunstâncias. Ele não se curvava às pressões políticas ou sociais, nem buscava luxo ou conforto material, simbolizados pelas "roupas finas" que se encontravam nos palácios reais.

 Pensamento:

João Batista foi um profeta ímpar, com uma missão clara: preparar o caminho para o Messias. Sua vida de austeridade e dedicação ao chamado divino o diferenciava da maioria. Mesmo diante da prisão e das adversidades, sua missão nunca foi influenciada pelos desejos mundanos de poder ou prestígio. João não era um caniço agitado pelo vento, ou seja, não era alguém que mudava de direção a cada nova corrente de opinião. Sua firmeza era evidente, embora, em sua humanidade, também tivesse momentos de dúvida, como muitos de nós.

Jesus, ao falar da grandeza de João, o destaca justamente por sua integridade e fidelidade ao chamado de Deus, mesmo quando as circunstâncias eram difíceis e a resposta divina parecia não se manifestar de forma imediata. João não estava atrás de riquezas ou glória terrena. Ele não buscava o aplauso das elites. Sua vida era marcada por uma missão maior, uma dedicação profunda ao Reino de Deus, e não às glórias transitórias deste mundo.

Há, portanto, uma grande lição para nós. Às vezes, somos tentados a buscar reconhecimento, prestígio ou a segurança material como sinais de sucesso espiritual. No entanto, Jesus nos lembra que o verdadeiro valor está na fidelidade ao chamado de Deus, independentemente das circunstâncias. João Batista não foi elogiado por nunca duvidar, mas por sua firmeza e comprometimento com a missão que Deus lhe deu. Ele enfrentou a prisão e as dificuldades com coragem e determinação, mesmo que, por momentos, tenha se questionado se o Messias que ele anunciava era realmente aquele que traria a justiça tão esperada.

Nossa fé também pode ser testada. Haverá momentos em que nos perguntaremos se Deus realmente está no controle, se Ele está atento às nossas dificuldades. Jesus, porém, não despreza nossas dúvidas ou momentos de fraqueza. Ele vê o quadro maior: a direção da nossa vida, a soma da nossa caminhada com Ele. Jesus nos incentiva a não nos deixarmos abalar pelos ventos das incertezas ou das adversidades, mas a mantermos nossos olhos fixos nele.

Assim como João Batista, que teve seus momentos de dúvida, mas continuou firme em sua missão, também nós podemos enfrentar momentos difíceis. O importante é que não tropecemos e não desistamos. Jesus reconhece nossa caminhada e, em sua infinita paciência e misericórdia, nos acolhe e fortalece para continuarmos a jornada.

 Oração:

Pai amado, agradeço-te por sua paciência e misericórdia infinitas. Em Jesus, vejo o exemplo de alguém que compreende nossas fraquezas e, ao mesmo tempo, nos desafia a perseverar. Ajuda-me a manter meus olhos fixos em Cristo, mesmo quando os ventos da dúvida e da adversidade sopraram com força. Que eu possa, assim como João Batista, ser firme em meu chamado e fiel à missão que o Senhor me confiou. Obrigado por sua bondade e pelo reconhecimento das minhas boas intenções, mesmo quando tropeço. Em nome de Jesus, eu oro e agradeço. Amém.

A passagem nos ensina que a integridade espiritual e a fidelidade ao chamado de Deus são mais importantes do que qualquer reconhecimento terreno. Que possamos ser firmes, não permitindo que as circunstâncias externas ditem nossa fé e comprometimento com Cristo. Ele nos vê e nos honra, mesmo quando enfrentamos momentos de dúvida e desânimo.