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O evangelho de Matheus 6:31-32


“Portanto, não se preocupem, dizendo: ‘Que vamos comer?’ ou ‘Que vamos beber?’ ou ‘Que vamos vestir?’ Pois os pagãos é que correm atrás dessas coisas; mas o Pai celestial sabe que vocês precisam delas.” Mateus 6:31-32


Mateus 6:31-32 continua a nos ensinar sobre a inutilidade da preocupação com as necessidades básicas da vida, como comida, bebida e vestimenta. Jesus nos chama a confiar na providência de Deus, que conhece todas as nossas necessidades. A grande lição aqui não é apenas sobre a confiança no cuidado divino, mas sobre a diferença entre aquilo que realmente precisamos e o que pensamos necessitar.

 

Pensamento


Vivemos em uma sociedade onde, muitas vezes, nossas necessidades básicas estão atendidas. Se você está lendo este devocional, é provável que não esteja em uma situação de extrema carência material. No entanto, a preocupação com as necessidades físicas foi substituída por ansiedades emocionais, mentais e espirituais. Isso reflete um deslocamento de foco, onde agora buscamos preencher um vazio interior, muitas vezes com expectativas irreais em relação ao que Deus deve nos dar.

 

José Comblin, citado aqui, nos alerta para o perigo da “religião da satisfação dos desejos”. Muitos que se identificam como cristãos, sem perceber, acabam aderindo a uma mentalidade pagã, onde Deus é visto apenas como um meio de satisfazer seus desejos — sejam materiais, emocionais ou espirituais. Isso deturpa a essência da fé cristã, que não se trata de buscar satisfações imediatas, mas de confiar plenamente em Deus, mesmo nas privações.

 

Jesus nos ensina a confiar na provisão de Deus, que conhece nossas verdadeiras necessidades. Não sabemos o que realmente precisamos, mas Deus sabe. Muitas vezes, aquilo que nos falta é um meio de crescimento e amadurecimento espiritual. Perda, privação, sofrimento e dor parte da vida e, embora não entendamos sempre o motivo, podemos confiar que até o que parece ser o pior pode ser usado por Deus para o nosso bem, como Paulo nos ensina em Romanos 8:28.

 

O maior perigo, então, é transformarmos nossa fé em uma busca incessante por satisfação pessoal. Isso é, na verdade, uma forma de idolatria, onde os desejos se tornam o centro, e não o Deus que supre todas as nossas reais necessidades. A verdadeira fé cristã nos ensina a aceitar o que temos e o que nos falta, com gratidão e confiança de que Deus nos dá exatamente o que precisamos, nem mais, nem menos.

 

Oração


Pai amado, perdoe-me quando deixo que as preocupações e os desejos tomem o lugar da minha fé em Ti. Muitas vezes reclamo das situações que enfrento, esquecendo-me de que tudo está em Tuas mãos e que Tu conheces o que é melhor para mim. Agradeço, Senhor, por tudo o que já me destes, e também pelo que não tenho, pois sei que tudo isso faz parte do Teu plano para a minha vida. Ajuda-me a confiar plenamente em Ti, sabendo que Tu cuidas de mim em cada detalhe. Em nome de Jesus, eu oro e agradeço. Amém.


Essa reflexão nos lembra da importância de abandonar a preocupação e a mentalidade consumista, confiando que Deus nos dá exatamente o que precisamos. A verdadeira paz e contentamento vêm quando descansamos na certeza de que Deus está no controle, mesmo quando não entendemos o porquê de certas situações em nossas vidas.

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