O Chamado à Filiação...
- Carlos Filho
- 12 de abr. de 2024
- 2 min de leitura
O Chamado à Filiação: Reflexões sobre a Parábola do Filho Pródigo
"Jesus continuou: Um homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao seu pai: ‘Pai, quero a minha parte da herança’. Assim, ele repartiu sua propriedade entre eles." LUCAS 15.11,12
A parábola do filho pródigo nos presenteia com uma narrativa poderosa que revela os mistérios do Reino dos céus. Nela, o pai figura como um símbolo de Deus, e seus dois filhos, tanto o que parte em busca de sua própria jornada quanto o que permanece, podem nos representar em diferentes estágios de nossa vida espiritual. Como eles, podemos nos encontrar perdidos, tanto fisicamente distantes quanto emocionalmente distantes do Pai, quando nossa intimidade com Ele se enfraquece.
Independentemente das experiências que tivemos com nossos pais terrenos, seja de amor e acolhimento ou de falhas e ausência, compreender a paternidade de Deus nos capacita a descobrir nosso propósito e a seguir adiante em nossa jornada terrena. Nesse entendimento reside a chave para conferir valor e significado à vida.
No entanto, para alcançar esse entendimento, é necessário primeiro refletir sobre os padrões que têm guiado nossa vida, pois todo indivíduo é influenciado por algo. Podem ser medos, traumas, rejeições, abusos e outras formas de dor. É fundamental compreendermos que fomos criados para desfrutar da paternidade de Deus. Quando assim fazemos, desvendamos o propósito de nossa existência, que nos impulsiona em direção ao nosso destino.
Se nossa experiência familiar foi marcada por ausências ou abusos, pode ser difícil estabelecer um relacionamento saudável com o Pai celestial. Talvez até nos sintamos incapazes de chamá-lo de Pai, devido às cicatrizes emocionais deixadas por nosso passado.
Eu mesmo não recebi o suporte necessário de meu pai terreno para mudar minha realidade; foi preciso um passo de minha parte, uma decisão pessoal, para abraçar uma nova vida, fruto do convite para receber Jesus. Essa decisão me permitiu superar as dores do passado, curar as feridas da alma e viver uma vida liberta do medo, reconhecendo a paternidade amorosa de Deus.
A verdadeira filiação nos capacita a transcender as limitações das coisas passageiras desta vida, apontando-nos para a eternidade e para o amor incondicional do Pai celestial.
Carlos Filho

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